No Brasil
No Brasil, o culto iniciou-se à época desde o início da colonização, com o Capitão donatário Duarte Coelho, na Capitania de Pernambuco. Tendo fundado a vila de Olinda, nessa povoação erigiu-se uma Igreja sob a invocação de São João Batista, administrada por militares, onde era venerada uma imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó. De acordo com Frei Vicente Mariano, também se tratava de uma imagem pequena com cerca de dois palmos de altura, entalhada em madeira e estofada, de autoria e origem desconhecida. A tradição reputa esta imagem como milagrosa, tendo vertido lágrimas em 28 de Julho de 1719.
A partir dessa primitiva imagem em Olinda, a devoção se espalhou em terras brasileiras graças a cópias na Ilha de Itamaracá, em Goiana, em Ipojuca e em São Paulo, nesta última em casa da família de Amador Bueno e na do bandeirante Manuel Preto que fundou a igreja e o bairro bem conhecidos até hoje. Os bandeirantes , por sua vez levaram a devoção para Minas Gerais, onde, em Sabará, se erige a magnífica Capela de Nossa Senhora do Ó, em estilo indo-europeu, atualmente tombada pelo Iphan.
Iconografia
A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez. A mão direita pode também aparecer em simetria à outra ou levantada. Encontram-se imagens com esta mão segurando um livro aberto ou também uma fonte, ambos significando a fonte da vida. Em Portugal essas imagens costumavam ser de pedra e, no Brasil, de madeira ou argila.
Perseguição religiosa
No começo do século XIX, mudanças no culto mariano começavam a estimular o dogma da Imaculada Conceição, o que não combinava com aquela santa em estado de adiantada gravidez, como a retratava a iconografia, estimada pelas mulheres à espera da hora do parto.
Muitas imagens foram trocadas pela da Nossa Senhora do Bom Parto, vestida de freira, com o ventre disfarçado pela roupa, ou mesmo pela imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, mais condizente com os ventos moralistas de então.
Somente no fim do século XX se voltou a falar e pesquisar o assunto, tendo-se encontrado imagens antigas enterradas sob o altar das igrejas.
Origem do nome Nossa Senhora do Ó
O nome teria surgido do sete vezes repetido nas evocações das antífonas do Breviário Romano. Desde o século XVII, há referência ao nome de Nossa Senhora do Ó como sendo a padroeira da capela construída por Manuel Preto. Monsenhor Paulo Florêncio de Camargo justifica a mudança do nome de Nossa Senhora da Esperança, em virtude das celebrações pré-natalinas que se faziam. Na novena dedicada a Nossa Senhora da Esperança recitava-se as antífonas do Breviário Romano que eram as seguintes:
"Ó Sabedoria, que saiste da boca do Altíssimo Atingindo de uma à outra extremidade,
E dispondo, todas as coisas forte e suavemente,
vinde para nos ensinar o caminho da prudência.
Ó, Adonai, senhor e condutor da casa de Israel
que apareceste a Moisés nas chamas da sarça ardente,
E lhe deste, sobre o Monte Sinai, a Lei Eterna;
vinde para nos resgatar pela potência de vosso braço.
Ó Raiz de Jessé que sois como o estandarte dos povos,
Diante do qual os reis fecharão a boca,
Não tardeis mais um momento.
Ó Chave de Davi, centro da casa de Israel,
Que abris e ninguém pode fechar,
Fechais e ninguém pode abrir,
Vinde e tira da prisão o cativo
Que está sentado nas trevas e nas sombras da morte.
Ó Sol Nascente, esplendor da luz eterna e sol da justiça:
Ó Sol Nascente, esplendor da luz eterna e sol da justiça:
vinde e iluminai aqueles que se sentam nas trevas da morte.
Ó Rei das gentes, e objeto de seus desejos,
Pedra angular, que reunis em vós os dois povos
Vinde e salvai o homem que formaste do limo da terra
Ó Rei das gentes, e objeto de seus desejos,
Pedra angular, que reunis em vós os dois povos
Vinde e salvai o homem que formaste do limo da terra
Ó Emanuel, Rei e Legislador nosso esperado
Das nações e seu Salvador vinde,
Salvai-nos senhor nosso Deus,
Que os céus chovam das alturas
E as nuvens nos tragam o Salvador.
E dispondo, todas as coisas forte e suavemente,
vinde para nos ensinar o caminho da prudência.
Ó, Adonai, senhor e condutor da casa de Israel
que apareceste a Moisés nas chamas da sarça ardente,
E lhe deste, sobre o Monte Sinai, a Lei Eterna;
vinde para nos resgatar pela potência de vosso braço.
Ó Raiz de Jessé que sois como o estandarte dos povos,
Diante do qual os reis fecharão a boca,
Não tardeis mais um momento.
Ó Chave de Davi, centro da casa de Israel,
Que abris e ninguém pode fechar,
Fechais e ninguém pode abrir,
Vinde e tira da prisão o cativo
Que está sentado nas trevas e nas sombras da morte.
Ó Sol Nascente, esplendor da luz eterna e sol da justiça:
Ó Sol Nascente, esplendor da luz eterna e sol da justiça:
vinde e iluminai aqueles que se sentam nas trevas da morte.
Ó Rei das gentes, e objeto de seus desejos,
Pedra angular, que reunis em vós os dois povos
Vinde e salvai o homem que formaste do limo da terra
Ó Rei das gentes, e objeto de seus desejos,
Pedra angular, que reunis em vós os dois povos
Vinde e salvai o homem que formaste do limo da terra
Ó Emanuel, Rei e Legislador nosso esperado
Das nações e seu Salvador vinde,
Salvai-nos senhor nosso Deus,
Que os céus chovam das alturas
E as nuvens nos tragam o Salvador.
Fonte:
Wikipédia
Paróquia Nossa Senhora do Ó
Um comentário:
Adorei o blog
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